Oi Claudio,
só a T60 foi feita pela Cosina. Essa série foi meio esquisita, era uma época em que a Canon estava procurando pra onde ia. Teve a primeira AF, a T80 se não me engano, que parecia mais câmera de laboratório de pesquisa. A T50 foi uma das câmeras mais feias que já vi.
Mas a série culminou com a T90, que é uma máquina fantástica. Infelizmente a que eu tive teve que trocar o obturador 2 vezes, o que me deixou com uma certa raiva de componentes eletrônicos. Isso, mais o fato de eu sempre ter preferido a boa e funcional mecânica, me ajudou a optar pelas Nikon F2 e uma F3 quando voltei a fotografar.
Mas a T90 tem muitas qualidades que deixaram boas saudades:
- peso = estabilidade
- empunhadura
- visor - fotômetro mostrando 2/3 de stop
- fotometragem por spot COM MÉDIA DE ATÉ 9 PONTOS. Não sei se isso foi mantido em outras Canon, agora, usando spot metering, você podia selecionar 9 pontos diferentes ou iguais, depende da cena, que ela calculava a melhor exposição pela média dos pontos. Fantástico. Queria que alguma Nikon tivesse isso, mas nunca vi uma assim. Como na época eu revelava meus PBs, brincava com o Zone System, essa função era muito útil, só usava esse modo de fotometragem.
- motor drive com 2 velocidades
- as lentes FD são MUITO boas, mesmo a ordinária 35-70/3.5-4.5 que veio com ela produzia cromos excelentes tanto em termos de cor quanto de resolução/definição quando projetados numa parede formando uma imagem de mais ou menos 60x40 cm
Essa câmera foi o divisor de águas da Canon, a última para lentes FD, a primeira a incoporar o conceito de tudo num corpo só, que depois foi aplicado à exaustão nas EOS. É um Tzão de máquina, tanto é que é difícil de achar. Quem tem, não passa pra frente.
A menos que tenha problemas no obturador que ninguém saiba o que é… Na minha opinião algum circuitinho deveria ter um pequeno curto que, de vez em quando, detonava o obturador. não fosse isso estaria com ela até hoje, e muito feliz.
Abraços,
José Azevedo