Autores de 'Game of Thrones' processam ChatGPT

Autores de ‘Game of Thrones’ processam ChatGPT por violação de direitos autorais.

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c5141dp8vl3o?at_medium=RSS&at_campaign=KARANGA

Qual sua opinião sobre?

Na verdade a pergunta é mais ampla. Os caras (Facebook, Instagram, X/tweeter, flickr, WhatsApp, etc.) estão bilionários usando conteúdo/insumo sem precisar comprar, diferente da indústria que paga por eles para projetar, montar, vender e lucrar com seus produtos. O padeiro da esquina também.

O contra argumento é que eles vendem oferecem serviços em troca do que conseguem captar na rede.

O ponto é que nem tudo que é protegido por direito autoral é público e também, mesmo você tendo clicado com força no botão ‘I Agee’ em termos que não leu, existe legislação que estaria acima disso.

Eu acho que nem deveria existir direito autoral.

Qual seria a justificativa?

De que o conceito de propriedade intelectual é mais nocivo do que benéfico para a sociedade.

https://en.wikipedia.org/wiki/Criticism_of_copyright

:ok:. Vou ler com calma o que fala o artigo

Uma dúvida: para patentes você acha a mesma coisa? Não deveriam existir?

Muito interessante a colocação, juntei algumas ideias sobre o assunto,

Acho que pra citar Walter Benjamin e o seu texto “A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica”, ele fala em como a reprodução industrial fez os objetos perderem a “Aura” mas em contrapartida popularizou e deu acesso a mais pessoas, esse objeto pode ser entendido por exemplo, um sapato ou até uma obra de arte, um sapato antes da era industrial era feito a mão por um artesão tinha um valor estético, um valor material e imaterial(desejável), mas era caro e poucas pessoas podiam comprar bons sapatos e tudo isso muda com a industrialização que o torna barato e popular e isso acaba com a aura dele, a de ser um objeto único.

Isso também acontece com a obras de arte, literárias, etc

A grande questão do ChatGPT, não é sobre a diminuição do valor da obra ou direito autoral, mas a capacidade de reprodutibilidade e criação de informação, é o que a segunda parte do texto fala, a possibilidade de pessoas perderem emprego, mas a tecnologia já tirou o emprego das pessoas antes, quando o trator foi inventado tirou o emprego das pessoas no campo, o fotolito tirou o emprego das pessoas nas gráficas, a fotografia digital tirou o emprego de quem trabalhava nos minilabs de filme e assim por diante.

Eu concordo com o Shevek e acho que a lei de direito autoral devia ser revisto. Mas uma coisa é certa, mudanças ocorrerão e pessoas irão perder seus empregos.

acho que esse assunto vai dar muito pano pra manga

Vai sim, espero. Eu tinha opinião formada, mas pedi vistas do processo.

Do jeito que são hoje, dominadas por grandes corporações, me parece que elas elas mais limitam a inovação e o acesso do que os incentivam, que era o seu objetivo inicial. Veja o benefício social de quebrar patentes de medicamentos, por exemplo.

No campo das artes, nada é criado do zero. Tudo é, em maior ou menor grau, apropriado e reprocessado a fim de se criar algo “novo”. O chatGPT faz o que todos nós fazemos ao longo da vida. Essa ideia de autoria individual é estranha, para mim.

O pessoal do GitHub também estava para processar.

Discordo totalmente. Vamos lá, uma empresa investe literalmente bilhões em pesquisa para te entregar um produto…
Depois todo mundo pode produzir sem pagar nada por isso ? Eu hein !

Uma coisa é cobrar um absurdo por um medicamento. O preço tem que ser justo, isso sim.
Outra coisa é investir 5 bilhões de dólares para produzir uma GPU inovadora e ter que abrir o projeto.

Concordo com com a ideia da discussão e dependendo, da revisão da lei, mas não de sua extinção.

Falando de livros, por exemplo, se for a uma mega livraria e observar os títulos expostos dá para perceber que grande parte do que está ali foi produzido com o objetivo de ganhar uns trocados se alguém se interessar pelo assunto e pagar por ele, de forma facultativa. Vale também para software, filmes, fotografia e outras formas de produtos autorais.

Um dos grandes argumentos da corrente anti copyright é o de democratização de conteúdo ou liberdade de conhecimento, que acho uma posição nobre, certamente. Contudo entendo que a decisão sobre o que fazer com o produto do esforço (trabalho muitas vezes) depende do seu criador/autor. Se este assim quiser existem diversos tipos de licenças que permitem disponibizar uma obra de forma pública.

Entendo que com a internet acaba ficando muito fácil ultrapassar a fronteira da burla. Eu mesmo em outro tópico aqui no forum usei a imagem de um fotógrafo como exemplo para um comentário. Por isso a necessidade de discutir o assunto sob um ótica mais atual.

Na verdade existem vetores em direções contrárias: um econimico, outro social e um filosófico. Talvez uma revisão nas leis equilibrando a força entre eles seja necessária nos dias de hoje, já que a força do vetor econômico é muito grande, muitas vezes nem tanto pelo autor, mas pelo intermediário responsável pelos canais de distribuição.

Estavam pra lançar o copilot deles

analisando assim a Família Tolkien devia processar todos os escritores inclusive o George R. R. Martin que escreveram livros de fantasia pós O Hobbit… pq em sua totalidade tem personagens ou enredo que são característicos.