Na verdade a pergunta é mais ampla. Os caras (Facebook, Instagram, X/tweeter, flickr, WhatsApp, etc.) estão bilionários usando conteúdo/insumo sem precisar comprar, diferente da indústria que paga por eles para projetar, montar, vender e lucrar com seus produtos. O padeiro da esquina também.
O contra argumento é que eles vendem oferecem serviços em troca do que conseguem captar na rede.
O ponto é que nem tudo que é protegido por direito autoral é público e também, mesmo você tendo clicado com força no botão ‘I Agee’ em termos que não leu, existe legislação que estaria acima disso.
Muito interessante a colocação, juntei algumas ideias sobre o assunto,
Acho que pra citar Walter Benjamin e o seu texto “A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica”, ele fala em como a reprodução industrial fez os objetos perderem a “Aura” mas em contrapartida popularizou e deu acesso a mais pessoas, esse objeto pode ser entendido por exemplo, um sapato ou até uma obra de arte, um sapato antes da era industrial era feito a mão por um artesão tinha um valor estético, um valor material e imaterial(desejável), mas era caro e poucas pessoas podiam comprar bons sapatos e tudo isso muda com a industrialização que o torna barato e popular e isso acaba com a aura dele, a de ser um objeto único.
Isso também acontece com a obras de arte, literárias, etc
A grande questão do ChatGPT, não é sobre a diminuição do valor da obra ou direito autoral, mas a capacidade de reprodutibilidade e criação de informação, é o que a segunda parte do texto fala, a possibilidade de pessoas perderem emprego, mas a tecnologia já tirou o emprego das pessoas antes, quando o trator foi inventado tirou o emprego das pessoas no campo, o fotolito tirou o emprego das pessoas nas gráficas, a fotografia digital tirou o emprego de quem trabalhava nos minilabs de filme e assim por diante.
Eu concordo com o Shevek e acho que a lei de direito autoral devia ser revisto. Mas uma coisa é certa, mudanças ocorrerão e pessoas irão perder seus empregos.
Do jeito que são hoje, dominadas por grandes corporações, me parece que elas elas mais limitam a inovação e o acesso do que os incentivam, que era o seu objetivo inicial. Veja o benefício social de quebrar patentes de medicamentos, por exemplo.
No campo das artes, nada é criado do zero. Tudo é, em maior ou menor grau, apropriado e reprocessado a fim de se criar algo “novo”. O chatGPT faz o que todos nós fazemos ao longo da vida. Essa ideia de autoria individual é estranha, para mim.
Discordo totalmente. Vamos lá, uma empresa investe literalmente bilhões em pesquisa para te entregar um produto…
Depois todo mundo pode produzir sem pagar nada por isso ? Eu hein !
Uma coisa é cobrar um absurdo por um medicamento. O preço tem que ser justo, isso sim.
Outra coisa é investir 5 bilhões de dólares para produzir uma GPU inovadora e ter que abrir o projeto.
Concordo com com a ideia da discussão e dependendo, da revisão da lei, mas não de sua extinção.
Falando de livros, por exemplo, se for a uma mega livraria e observar os títulos expostos dá para perceber que grande parte do que está ali foi produzido com o objetivo de ganhar uns trocados se alguém se interessar pelo assunto e pagar por ele, de forma facultativa. Vale também para software, filmes, fotografia e outras formas de produtos autorais.
Um dos grandes argumentos da corrente anti copyright é o de democratização de conteúdo ou liberdade de conhecimento, que acho uma posição nobre, certamente. Contudo entendo que a decisão sobre o que fazer com o produto do esforço (trabalho muitas vezes) depende do seu criador/autor. Se este assim quiser existem diversos tipos de licenças que permitem disponibizar uma obra de forma pública.
Entendo que com a internet acaba ficando muito fácil ultrapassar a fronteira da burla. Eu mesmo em outro tópico aqui no forum usei a imagem de um fotógrafo como exemplo para um comentário. Por isso a necessidade de discutir o assunto sob um ótica mais atual.
Na verdade existem vetores em direções contrárias: um econimico, outro social e um filosófico. Talvez uma revisão nas leis equilibrando a força entre eles seja necessária nos dias de hoje, já que a força do vetor econômico é muito grande, muitas vezes nem tanto pelo autor, mas pelo intermediário responsável pelos canais de distribuição.
analisando assim a Família Tolkien devia processar todos os escritores inclusive o George R. R. Martin que escreveram livros de fantasia pós O Hobbit… pq em sua totalidade tem personagens ou enredo que são característicos.